Publicada em 1615, uma década depois do primeiro livro e menos de um ano antes da morte de Cervantes, esta segunda parte do D. Quixote, muito mais do que uma simples continuação da primeira, representa o aprofundamento e a realização plena da obra máxima do escritor espanhol. Se o primeiro livro imortalizou as loucuras do cavaleiro e as graças de seu fiel escudeiro, este segundo volume elevou a obra a um nível poucas vezes alcançado nos quatro séculos decorridos desde sua criação. Subvertendo aspectos fundamentais da criação artística - a começar pelas noções de autor e narrador - com uma liberdade e capacidade de invenção espantosas, Cervantes produziu um marco que redefiniria toda a literatura ocidental posterior, influenciando escritores como Laurence Sterne, Gustave Flaubert, Franz Kafka, James Joyce, William Faulkner e, para ficar só com um brasileiro, Machado de Assis. Além da rigorosa tradução e das notas de Sérgio Molina, este segundo volume, publicado com o apoio do Ministério da Cultura da Espanha, inclui o texto original em castelhano, as gravuras de Gustave Doré e apresentação de Maria Augusta da Costa Vieira, uma das principais cervantistas brasileiras.
Miguel de Cervantes Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de septiembre de 1547-Madrid, 22 de abril de 1616) fue un novelista, poeta, dramaturgo y soldado español. Es ampliamente considerado una de las máximas figuras de la literatura española. Fue el autor de El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha, novela conocida habitualmente como El Quijote, que lo llevó a ser mundialmente conocido y a la cual muchos críticos han descrito como la primera novela moderna, así como una de las mejores obras de la literatura universal, cuya cantidad de ediciones y traducciones solo es superada por la Biblia. A Cervantes se le ha dado el apelativo de «Príncipe de los Ingenios».